quarta-feira, 2 de junho de 2010

Evento Especial UM DIA, ALICE (11/04)






DEPOIMENTO DE WILSON BUENO

"Um dia, Alice", o evento que movimentou das 16 às 20 hs, o último domingo paulistano, 11 de abril, lotando o auditório do Centro Cultural Brasileiro Britânico, em São Paulo, foi um sucesso absoluto, em minha opinião. Desses que raramente acontecem no Brasil. Basta destacar que para um auditório de 200 lugares, havia mais de 400 presenças - sobretudo de jovens, que superlotaram as dependências da Cultural Inglesa, em Pinheiros.

Para mim, que conduzi o bate-papo "O sentido do nonsense", foi alta honra participar do autêntico acontecimento cultural que inaugurou, em altíssimo estilo, as iniciativas - das quais esperamos muitas outras, obviamente -, da Sociedade Lewis Carroll do Brasil, brilhantemente conduzida por este misto de "fada" e artista de alta estirpe que é Adriana Peliano, presidente dessa entidade que veio para ficar, no Brasil. O evento de 11 de abril diz mais do que qualquer depoimento que se faça sobre ele.

Wilson Bueno e Adriana Peliano no programa Entrelinhas da TV cultura.




Foto: João Batista Santana

Foto: João Batista Santana


Foto: João Batista Santana


O sentido do nonsense

O escritor Wilson Bueno deu uma palestra sobre Lewis Carroll e o sentido do nonsense. Inicialmente Wilson Bueno leu com uma lupa um texto de sua criação inspirado em Alice: "Alice Mínima". Em seguida, Wilson falou sobre a tradição do nonsense. E para completar, partindo de sua experiência no sertão aonde viveu até os sete anos, escritor aproximou Lewis Carroll das adivinhas caipiras, do nonsense do sertão profundo onde cobras cozinham bezerros e óculos novos não têm aro nem lentes mas são óculos novos. Uma palestra leve, engraçada, brincalhona. O público riu e se divertiu muito.


Quem é Wilson Bueno?

Wilson Bueno, um dos mais expressivos escritores brasileiros contemporâneos, é autor de inúmeros títulos, em várias vertentes e gêneros literários. Autor da novela Mar Paraguayo (editora Iluminuras, São Paulo), publicada na Argentina, Chile, México, Cuba, Estados Unidos, e objeto de teses e seminários num arco que vai da USP à Universidade do Cabo, passando por Berkeley e Sorbonne, é considerada, por sua inventiva construção ( portunhol e guarani) um clássico contemporâneo.

Prodigioso fabulista, estrito senso, é igualmente notável e dona de extensa fortuna crítica, o que chama de sua “trilogia zoofílica” constituída por Manual de Zoofilia (Noa Noa), Jardim Zoológico (Iluminuras) e Cachorros do Céu (editora Planeta, finalista do Prêmio Portugal Telecom/2006).

Ao lado de Augusto de Campos, Décio Pignatari e Josely Vianna Baptista é um dos únicos autores vivos da literatura brasileira a integrar a recém-lançada, nos Estados Unidos, The Oxford Book of Latin American Poetry ( Oxford Press University, 706 págs.) considerado pelo “New York Times” a mais importante antologia do gênero até hoje publicada em língua inglesa.

(J. B. V. S.)

Saiba mais sobre o evento "Um dia, Alice 2010" AQUI


Nenhum comentário:

Postar um comentário